LIÇÃO 139 : Aceitarei a Expiação para mim mesmo

Foto por Johannes Plenio em Pexels.com

1.  Eis o fim da escolha. Pois aqui vimos à decisão de nos aceitarmos tal como Deus nos criou. E que é a escolha senão a incerteza do que somos? Não há dúvida que não esteja enraizada aqui. Não há questão que não reflita essa única. Não há conflito que não acarrete essa única pergunta simples: “Que sou eu?”

2.  Mas quem poderia colocar essa questão a não ser aquele que se recusou a reconhecer a si mesmo? Só a recusa de aceitar a si mesmo poderia fazer a pergunta parecer sincera. A única coisa que qualquer coisa viva pode saber com toda a certeza é o que ela é. A partir deste único ponto de certeza, ela olha para as outras coisas com tanta certeza quanto tem de si mesma.

3.  A incerteza a respeito do que não podes deixar de ser é um autoengano numa escala tão vasta que sua magnitude dificilmente pode ser concebida. Estar vivo e não conhecer a si mesmo é acreditar que tu estás realmente morto. Pois que é a vida senão ser o que és e que outra coisa além de ti pode estar viva em teu lugar? Quem é aquele que duvida? A quem estará questionando? Quem pode lhe responder?

4.  Ele está apenas declarando que não é ele mesmo e assim, sendo outra coisa, torna-se um questionador do que vem a ser essa outra coisa. No entanto jamais poderia estar vivo se não soubesse a resposta. Se pergunta, como se não soubesse, isso apenas mostra que ele não quer ser essa coisa que é. Ele aceitou porque está vivo, fez um julgamento contra ela, negou seu valor e decidiu que não conhece a única certeza pela qual vive.

5.  Assim ele passa a estar incerto quanto a sua vida, pois o que é foi negado por ele. É por causa dessa negação que precisas da Expiação. Tua negação não fez mudança no que és. Mas dividiste tua mente entre o que conhece e o que não conhece a verdade. Tu és tu mesmo. Não há dúvidas quanto a isso. No entanto duvidas. Mas não perguntas que parte de ti realmente pode estar duvidando de ti mesmo. Na realidade, não pode ser uma parte de ti que coloca essa questão. Pois pergunta àquele que sabe a resposta. Se fosse parte de ti, a certeza seria impossível.

6.  A Expiação remedeia a estranha ideia de que é possível duvidar de ti mesmo e não ter certeza do que realmente és. Essa é a profundidade da loucura. No entanto é a questão universal do mundo. Que isso pode significar senão que o mundo é louco? Por que compartilhar de sua loucura na triste crença em que o que é universal aqui é verdadeiro?

7.  Nada em que o mundo acredita é verdadeiro. É um lugar cujo propósito é o de ser um lar aonde aqueles que declaram não se conhecer podem vir perguntar o que são. E tornarão a vir até o momento em que a Expiação for aceita e aprenderem que é impossível duvidar de si mesmos e não estar cientes do que são.

8.  A única coisa que pode ser pedida a ti é a aceitação, pois há certeza quanto ao que tu és. Isso é estabelecido para sempre na santa Mente de Deus e na tua própria. Está tão além de qualquer dúvida ou questionamento que perguntar o que isso não pode deixar de ser constitui a prova definitiva de que precisas para mostrar que acreditas na contradição de que não conheces o que não podes deixar de conhecer. Isso é uma pergunta ou uma declaração que nega a si mesma ao ser declarada? Não deixemos nossas santas mentes ocuparem-se com devaneios tão sem sentido quanto esse.

9.  Temos uma missão aqui. Não viemos para reforçar a loucura em que outrora acreditamos. Não nos esqueçamos da meta que aceitamos. Viemos para ganhar mais que apenas nossa felicidade. O que aceitamos como o que somos proclama o que todos não podem deixar de ser junto conosco. Não falhes com teus irmãos ou falhas contigo mesmo. Olha para eles com amor para que possam ter o conhecimento de que são parte de ti e tu és parte deles.

10.  É isso que a Expiação ensina e demonstra que a unicidade do Filho de Deus é inatacada por sua crença segundo a qual ele não sabe o que ele é. Hoje aceita a Expiação não para mudar a realidade, mas apenas para aceitar a verdade sobre ti e seguir teu caminho alegrando-se no infinito Amor de Deus. É só isso que nos é pedido. E é só isso que faremos hoje.

11.  Reservaremos cinco minutos pela manhã e à noite para dedicar nossas mentes a nossa tarefa para hoje. Começamos com essa revisão do que é nossa missão: 

Aceitarei a Expiação para mim mesmo, pois continuo sendo tal como Deus me criou.

Não perdemos o conhecimento que Deus nos deu quando nos criou como Ele próprio. Nós podemos nos lembrar disso por todas as pessoas, pois na criação todas as mentes são uma só. E em nossa memória está a lembrança de quanto nossos irmãos são queridos para nós na verdade, de quanto cada mente é parte de nós, de quão fiéis eles realmente têm sido conosco e de como o Amor de nosso Pai contém todos eles.

12.  Em agradecimento por toda a criação, em Nome de seu Criador e de Sua Unicidade com todos os aspectos da criação, hoje repetimos nossa fidelidade a nossa causa a cada hora, deixando de lado todos os pensamentos que nos distrairiam de nosso objetivo santo. Por alguns minutos deixa que tua mente seja desembaraçada de todas as tolas teias de aranha que o mundo quer tecer em torno do Filho santo de Deus. E aprende a natureza frágil das correntes que parecem manter o conhecimento de ti mesmo à parte de tua consciência ao dizeres

Aceitarei a Expiação para mim mesmo,

pois continuo sendo tal como Deus me criou.

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