Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.
Essa idéia, como a precedente, pode ser usada com qualquer pessoa, situação ou evento que no teu pensamento estejam te causando dor. Aplica-a especificamente a qualquer coisa que acredites ser a causa do teu transtorno, usando para a descrição do sentimento quaisquer termos que te parecerem exatos. O transtorno pode parecer ser medo, preocupação, depressão, ansiedade, raiva, ódio, ciúme ou inúmeras outras formas, das quais todas serão percebidas como diferentes. Isso não é verdadeiro. Contudo, até aprenderes que a forma não importa, cada uma vem a ser um sujeito apropriado para os exercícios do dia. Aplicar a mesma idéia a cada uma delas separadamente é o primeiro passo para reconheceres que, em última instância, todas são a mesma.
Ao usares a idéia de hoje para algo que percebes como a causa específica de qualquer forma de transtorno, usa tanto o nome da forma na qual vês o transtorno quanto a causa que tu o atribuis. Por exemplo:
Não estou com raiva de_________pela razão que imagino.
Não estou com medo de________pela razão que imagino.
Todavia, mais uma vez, isso não deve substituir os períodos de prática em que primeiro procuras na tua mente as “fontes” do transtorno no qual acreditas, e as formas do transtorno que pensas resultarem delas.
Nestes exercícios, mais do que nos precedentes, podes achar difícil ser indiscriminado e evitar dar a alguns sujeitos maior peso do que a outros. Talvez ajude, se precederes os exercícios com a declaração:
Não há pequenos transtornos. Todos eles perturbam do mesmo modo a paz da minha mente.
Em seguida, examina a tua mente procurando o que quer que seja que esteja te afligindo, independentemente de achares que isso está te afligindo muito ou pouco.
Também podes estar menos disposto a aplicar a idéia de hoje a algumas das coisas que percebes como fontes de transtorno mais do que a outras. Se isso ocorre, pensa primeiro no seguinte:
Eu não posso guardar essa forma de transtorno e abandonar as outras. Assim, para os propósitos destes exercícios, vou considerá-las todas como a mesma.
Então investiga a tua mente por não mais de um minuto e tenta identificar algumas formas diferentes de transtorno que estão te perturbando, independentemente da relativa importância que possas lhes dar. Aplica a idéia para o dia de hoje a cada uma delas, usando tanto o nome da fonte do transtorno como a percebes, quanto do sentimento como o experimentas. Outros exemplos são:
Eu não estou preocupado com_________pela razão que imagino.
Eu não estou deprimido com_________pela razão que imagino.
Três ou quatro vezes durante o dia é o suficiente.
(Livro “Um Curso em Milagres”)
Comentários de Kenneth Wapnick:
“Nós obviamente pensamos que estamos transtornados pelo que está acontecendo no mundo e como isso é imposto a nós. Mas, a única razão pela qual estamos transtornados, é que nós escolhemos o ego como nosso professor, ao invés de Jesus.
Praticando o perdão em todas as vezes em que experimentarmos o transtorno ou a inquietude – a forma do nosso desconforto -, vamos nos tornar conscientes do conteúdo subjacente da culpa que é a fonte do desconforto. É aí que finalmente aprenderemos a similaridade inerente a todas as ilusões. Nesse ponto, elas vão desaparecer, deixando apenas o conteúdo de amor, nosso único conforto e verdadeira fonte de paz. Essa lição é extremamente importante porque todos nós ficamos transtornados, e estamos sempre certos em relação à causa. Isso nos ajuda a perceber que não estamos transtornados pelo que está do lado de fora, mas apenas por causa da forma como estamos olhando para o que está fora.
Todos nós temos a tendência de discriminar. Quando algo menor nos transtorna, pensamos que estamos apenas “um pouco aborrecidos”. Então, mais tarde durante o dia, algo maior acontece e ficamos realmente zangados. E pensamos que existe uma diferença. Essa é a questão para a qual estivemos nos direcionando. O ego nos faz reafirmar o princípio de que existe uma hierarquia de ilusões, uma vez que essa é uma de suas defesas primárias contra a Unicidade de Deus. Essa é a realidade que o ego nunca quer que lembremos ou sobre a qual reflitamos aqui, uma vez que isso significa o fim do ego.”
Caso queira estudar a lição em áudio, clique no link abaixo:
Caso queira ouvir a “música-lição” em inglês, em celebração aos 50 anos do livro “A Course in Miracle” – 2015 Revival – by James Twyman – clique no link abaixo: